Avesso do avesso

Em todos os momentos de nossa vida existe sempre um cenário que corresponde à realidade.
São os fatos, nus e crus. Simplesmente, os fatos.

Mas, em todos os momentos, há também a opção de não enxergar os fatos.
Afinal, o que somos capazes de criar com a nossa imaginação é muito mais agradável aos nossos olhos, ao nosso coração!

Entretanto, temos que ficar atentos...
A percepção do mundo que cada um de nós é capaz de criar é uma verdadeira armadilha!
Cruel, irreal e injusta, a realidade ao avesso corre o risco de desmoronar quando mais precisarmos dela.

O castelo de areia, sem o cimento da verdade e dos fatos, está sujeito às ondas que, cedo ou tarde, vão bater a nossa porta.

E aí percebemos os avessos, os remendos, o pó...
Percebemos que o que esperamos das pessoas não é exatamente o que elas fazem...
Que o que ouvimos não é exatamente o que foi dito...
Que uma canção não representa, necessariamente, os sentimentos de quem a canta...
Ou que o sentimento de ontem não é mais o mesmo de agora!

E aí??? Quando chega essa hora, o que fazer, ein?
Cuidado!! Nesses momentos horrendos há uma tentação incrível de enfiar a cabeça em um buraco, fingir que tudo foi um sonho e voltar para o confortável mundo ao avesso que criamos...

Afinal, enfrentar um mundo que não esperávamos é sempre uma missão assustadora...
Mas é o que precisamos fazer para viver de verdade, pra viver na verdade, pra viver com vontade...

Dói, e não tem outro jeito...
Pra que as coisas realmente se resolvam é o que tem que ser feito:
Respirar, Enxugar as lágrimas,
Dar a mão e Encará-la de frente!
Nua, Crua e Exata:
A realidade.
A vida como ela é.
O avesso do avesso.

Bora?